Modos Gregos – Intervalos, Escalas e Acordes

Os Modos Gregos podem ser entendidos a partir do processo de inversão da Escala Maior. Uma inversão acontece quando movemos o baixo, nota mais grave, de uma escala ou acorde para uma outra nota. Seguindo essa lógica podemos inverter a Escala Maior 6 vezes, resultando em um total de 7 escalas.

Na posição fundamental da Escala Maior, pensando em Dó, temos o modo Jônio que é exatamente a mesma escala que conhecemos como Maior, ou seja, possui os mesmos intervalos.

Notas: C – D – E – F – G – A – B – C
Intervalos: T – 2ª – 3ª – 4ª – 5ª – 6ª – 7+ – 8ª

Ao fazer a primeira inversão a tônica da escala passa a ser a nota Ré, a 2ª nota da escala maior. Quando passamos a considerar a 2ª como tônica geramos o Modo Dórico, que fica assim:

Notas: D – E – F – G – A – B – C – D
Intervalos: T – 2ª – 3ªb – 4ª – 5ª – 6ª – 7ª – 8ª

Dica: O Dórico pode ser lembrado como uma escala menor que possui o intervalo de 6ª Maior!

Na próxima inversão o Mi (3ª) passa a ser a tônica, assim geramos o modo Frígio.

Notas: E – F – G – A – B – C – D – E
Intervalos: T – 2ªb – 3ªb – 4ª – 5ª – 6ªb – 7ª – 8ª

Dica: O Frígio pode ser lembrado como uma escala menor que possui a 2ª Menor.

Em seguida, na quarta inversão temos o modo Lídio com o Fá, 4ª nota da escala maior, como Tônica.

Notas: F – G – A – B – C – D – E – F
Intervalos: T – 2ª – 3ª – 4ª# – 5ª – 6ª – 7ªM – 8ª

Dica: O Lídio pode ser lembrado como uma escala maior que possui a 4ª Aumentada.

Com a 5ª nota, Sol, na tônica geramos o modo Mixolídio.

Notas: G – A – B – C – D – E – F – G
Intervalos: T – 2ª – 3ª – 4ª – 5ª – 6ª – 7ª – 8ª

Dica: O Mixolídio pode ser lembrado como uma escala maior que possui a 7ª Menor. Esse é um modo dominante. Funciona muito bem com acordes Maiores com 7ª.

Invertendo mais uma vez, colocamos a nota Lá como tônica gerando o modo Eólio que é equivalente à escala menor natural.

Notas: A – B – C – D – E – F – G – A
Intervalos: T – 2ª – 3ªb – 4ª – 5ª – 6ªb – 7ª – 8ª

Dica: O Eólio pode ser lembrado como a escala menor natural, possui 3ª e 6ª menores.

Na sétima e última inversão a nota Si é a tônica e o modo que geramos é o Lócrio.

Notas: B – C – D – E – F – G – A – B
Intervalos: T – 2ªb – 3ªb – 4ª – 5ªb – 6ªb – 7ª – 8ª

Dica: O Lócrio pode ser lembrado como uma escala menor com 5ª diminuta.

O segredo para entender os modos gregos está nos intervalos. Observe que cada Modo é único e que possui uma combinação de intervalos que somente ele tem. Sabendo diferenciá-los, fica mais fácil relacionar com os acordes da música na hora de improvisar.

Para ajudar essa comparação, observe a tabela abaixo. (Ela é feinha mas me ajudou durante toda a minha vida.)

Observe o seguinte:
Jônio e Lídio possuem como diferença apenas o intervalo de 4ª. (4ªJusta no Jônio / 4ª aumentada no Lídio.)

Dórico e Eólio possuem como diferença o intervalo de 6ª. ( 6ª maior no Dórico / 6ª menor no Eólio.)

Dórico e Mixolídio se diferenciam na 3ª ( 3ª menor no Dórico / 3ª Maior no Mixolídio.)

Por meio desses tipos de comparações você vai conseguir diferenciá-los e relacioná-los, o que é fundamental para o processo de improvisação e harmonização.

Agora que você entendeu a teoria dos Modos Gregos, vamos para a parte prática. A partir da escala Maior de G ( G – A – B – C – D – E – F# – G ) vamos estudar os modos gerados pelas inversões a partir dessa escala.

Na sequência da digitação de cada modo, você também vai aprender 3 acordes que harmonizam bem dentro de cada um desses modos.

Bons Estudos!

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